quinta-feira, 9 de agosto de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 9 DE AGOSTO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

O ESSENCIAL É SE ARRUMAR

Nobres:
Tornou-se comédia pelos atuais políticos que estão no poder (Deus seja passageiros) ao querer a reforma política, desde que ela entre em vigor somente em 2040, quando todos já terão deixado a política. Em outras palavras, ninguém almeja, de fato, mudar um sistema pelo qual foi eleito. Sem consenso, a reforma política está emperrada no Congresso. Os motivos são vários, mas podem ser sintetizados na declaração dada por um desses parlamentares e ao que parece formam consenso nas suas opiniões. É uma pena se isto de fato ocorrer porque o Brasil estará dando uma sobrevida a um sistema político que não representa ninguém. Os partidos estão desacreditados e os seus integrantes são rejeitados e acusados de corrupção. O sistema eleitoral elege candidatos com poucos votos enquanto derrotam outros que tiveram o dobro da votação. E o que se vê são alguns defendendo esta deformação com necessária à renovação. As esdrúxulas coligações nas eleições para os cargos legislativos enganam o eleitor ao levá-lo a eleger candidatos com quem não tem a menor afinidade. E são tantos os partidos que ninguém é capaz de dizer o nome de um terço deles. O que motiva a formação de tantos partidos é o acesso ao fundo partidário, uma bolada de R$ 819 milhões e o tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV dentro e fora do período eleitoral. É evidente que essas deformações dos sistemas político e eleitoral deveriam ser expurgadas de nossa legislação. Mas, o que está prevalecendo é o interesse de cada um: os partidos nanicos sempre rejeitaram em função do acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e TV; os deputados sem-votos não querem acabar com as coligações nas eleições proporcionais e lutam contra a criação de distritos; e há até quem só aceita mudanças se for criado outro fundo de recursos públicos para financiar as campanhas. No meio de tantos desencontros, fica a esperança de que o próximo Congresso (apesar do atual quadro os corruptos terão cerca de 90% reeleitos conforme a projeção aliado a safadeza do eleitor, que quer apenas dinheiro no dia da eleição) Sobre a manjada clausula de barreira em que o Congresso Nacional está permanentemente em sintonia (num tema que ouvir falar quando “criança”) desejam retornar com a nova roupagem uma retórica que existiu com os “pobres descamisados” que seu inventor levou a presidência da República, descoberto a farsa do “produtor” quase enterrou o país e, também se enterrou! Existiu ainda uma forma disfarçada nos anos 50. Especialmente nos pequenos municípios, onde o eleitor abona “o sim senhor” os partidos preparavam uma lista de candidatos formais a cargo de vereador e, no dia da eleição, era eleito a quem interessava. Muitos vereadores foram eleitos que nem o eleitor tomava conhecimento dessas candidaturas. Existia uma interação das oligarquias e quem presidia o pleito eleitoral! A safadeza vem de longe! Como sendo as inovações é plena retórica.
Antônio Scarcela Jorge.

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