domingo, 12 de agosto de 2018

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 12 DE AGOSTO DE 2018

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
DEBATE MONTADO

Nobres:
Como estava previsto, aconteceu na quinta-feira passada, transformou-se no ‘enredo’ o primeiro debate entre oito dos 13 candidatos à Presidência da República não contemplou uma discussão séria e profunda sobre os graves problemas do Brasil. A crise econômica, iniciada em 2014, impôs retrocessos sociais. O país terá o quinto ano consecutivo de rombo nas contas públicas e deverá fechar 2019 com deficit de R$ 139 bilhões. Treze milhões de brasileiros estão desempregados e quase iguais número experimenta o subemprego. Ou seja, 26 milhões não têm o suficiente para sobreviver. Mais de 15 milhões de pessoas formam um exército de miseráveis. Os recursos destinados ao custeio e investimentos do governo federal, previstos para 2019, somam R$ 98 bilhões, dos quais R$ 42 bilhões estão comprometidos com aumento de salários. Como tirar o país desse atoleiro? O debate que deveria apresentar à opinião pública resposta a essa indagação e a outras que mexem com a vida dos brasileiros ficou preso entre troca de acusações, críticas e discursos vagos entre os postulantes ao comando da nação. O nível foi muito baixo e os presidenciáveis foram incapazes de apresentar propostas e projetos para a reconstrução do país. Nada foi dito que pudesse orientar a maioria dos eleitores indecisos sobre quem deverá assumir o mais alto posto da República. A maioria tem muitas promessas que estão longe de ser factíveis ou de representar uma solução para o Brasil se reencontrar com o crescimento econômico, com o desenvolvimento social e a eliminação das gritantes desigualdades. As políticas públicas de saúde, educação e segurança nem de longe atendem às necessidades da sociedade. A maioria da população está abandonada à própria sorte ao precisar de atendimento médico hospitalar. São recorrentes na crônica do cotidiano as tragédias de pessoas que morrem à espera de assistência médica nos hospitais públicos. No campo da educação, o país enfrenta retrocessos na formação de crianças e jovens. Os investimentos em pesquisas são cada vez mais escassos. As ações de segurança fracassaram. Em 2017, ocorreram 63.880 homicídios, aumento de 2,9% em relação a 2016. Por dia, a violência mata 175 pessoas de forma intencional. O sistema prisional está superlotado, com 729.463 encarcerados, ou seja, em média, dois presos por vaga. Os crimes por ódio e por gênero crescem ano após ano. Mais de 4.500 mulheres foram assassinadas em 2017, um crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior. A maioria dos presidenciáveis evita tocar em temas desagradáveis como a reforma da Previdência se tiver objetivo de privilegiar os corruptos que vivem um paraíso constante. Apesar de todos os estudos apontarem para a necessidade de uma profunda revisão dos benefícios a fim de evitar um colapso no futuro, eles se esquivam da discussão. O atual sistema tributário é considerado extremamente injusto. Hoje, quem menos tem é quem mais paga. Lucros e dividendos estão blindados, enquanto o consumo é supertributado. Mas qualquer medida que desfavoreça aos mais aquinhoados é assunto para outro momento, não às vésperas do pleito de outubro. No próximo dia 16, os candidatos colocarão a campanha na rua. Virão os comícios e debates se seguirão. Espera-se que cada um deles tenha o que efetivamente falar aos eleitores, cansados de seguidas frustrações ante as promessas que não se cumprem e como é natural no país onde impera a corrupção é mais um cenário Tiririca, onde este palhaço é vivo e sempre engana a nação nordestina onde a concentração dos eleitores da capital paulista o elege encarregado dos intelectuais lulistas interesseiros e aptos e partícipes da ladroagem em sua maioria. Após os inúmeros escândalos de corrupção, que não param de vir à tona, mostrando como o dinheiro da pesada carga tributária beneficia os demais inescrupulosos, a sociedade exige que os governantes sejam pelo menos honestos e respondam às necessidades essenciais dos cidadãos a partir de janeiro de 2019. É questão da cultura corrupta que eterniza o país.
Antônio Scarcela Jorge.

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