sexta-feira, 3 de maio de 2019

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA 3 DE MAIO DE 2019

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
AS ESQUERDAS PROTESTAM TIVERAM OPORTUNIDADES E NÃO MUDARAM

Nobres:
De princípio se torna viável e racional sobre a mudança indicativa e, após serem nomeados os integrantes do STF em função da vacância ocasionada pela aposentadoria compulsória. Com o sistema de escolha são sete ministros da atual composição da Suprema Corte que foram indicados pelo PT, considerado pelo atual governo de Jair Bolsonaro (PSL) como adversário político, na prática coincidentemente e infelizmente ainda que também se possa examinar algo tão radical. Foram nomeados pelos governos petistas os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber, Luís Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Ainda neste aspecto para nomear novos ministros para o Supremo a idade compulsória para aposentadoria dos seus integrantes teria que voltar a ser de 70 anos, não mais 75, como está vigorando desde 2015, após alteração promovida pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Isso mudou com o que ficou conhecida como PEC da Bengala, aprovada no ápice da crise do governo Dilma Rousseff. Mas, existe movimento no Congresso para impedir a revogação da PEC da Bengala. No cerne deste problema e disputa pelas vagas no STF está a nomeação, pelo atual presidente da República, de ministros e que, eventualmente, poderão estar no julgamento de ações contra quem os indicou. Evidentemente que isso pode levar a questionamentos, como já ocorreu, quanto à indispensável isenção e a lisura do que o plenário do Supremo tenha sentenciado ou, no futuro, decidirá. Mesmo que, em princípio, se aceite a idoneidade, o conhecimento jurídico e a ação correta dos ministros, sempre haverá margem para dúvidas baseadas em quem indicou no caso o presidente da República. Desta forma, o melhor seria que uma lista tríplice dos tribunais regionais, fosse levada à sanção do Planalto, para a escolha de um nome. Normalmente, seria o primeiro da lista, mas não necessariamente. Para muitos, poderia parecer que o modelo continua sujeito a influências político-partidárias e ideológicas. Mas, a escolha inicial não estaria, não integralmente, como hoje ocorre, nas mãos do presidente da República. É uma solução, quando se discute tanto a idade mínima para a renovação do STF. Evitaria possíveis insinuações e até constatações evidentes.
Antônio Scarcela Jorge.

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