quarta-feira, 9 de junho de 2021

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 9 DE JUNHO DE 2021

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
TRIBUTOS PERMANENTES
 
Nobres:
Tornou-se rotineiro o cotidiano do cidadão brasileiro, em sustentar o governo em qualquer época para os devidos  compromissos. Na ânsia de capturar a imensa e desconcertante carga tributária, onde qualquer governo ao se assentar no poder não se sensibiliza para o exposto. “Tri faturar” é próprio deste sistema imutável “Sentar-se no poder é uma norma o pior das desgraças para povo, acostumado em ser enganado e ainda louva certos indivíduos onde foge de uma campanha eleitoral onde os espertos compartilham deste gesto”. Pelo menos impor uma reforma tributária justa e anunciada aos quatro ventos, todos, sem exceção esquecem-se deste procedimento, do “mais honesto” ao corrupto. Neste aspecto incide o imposto de renda e para livrar-se dele, tem o “lobismo” dentro do governo para fraudá-lo onde os resultados sempre em desfeitos trágicos, onde os próprios patrocinadores tiveram mortes, exemplos por demais e circunstanciais. Não tem jeito, mais ou menos no formato que temos hoje, fará 100 anos em 2022. Pelo ensejo, poderíamos ter para a revisão do modelo, começando por conter o feroz animal que o simboliza, um guloso que exige para si o filé na partilha injusta. Para começo de conversa, caberia ao poderoso leão rever a abrangência da alíquota de 27,5%, um confisco que pesa demais, porque o estado dá em troca muito pouco; e esse pouco chega com imperfeições, corroído pela catástrofe da corrupção generalizada, sempre contido na hora de distribuir. A Reforma Tributária, repetidamente prometida pelo Congresso Nacional, podia lançar mão dessa oportunidade para que, no alcance de tudo que se pretende aperfeiçoar, cuide também de conter a gula oficial. Em “regra” esse imposto, que as pessoas só gostam de declarar na undécima hora. “Ao longo dos anos, o Estado brasileiro protagoniza cenas explícitas de tirania cruel, deslavado desinteresse pela Justiça e covarde desfaçatez, quando espalha os bisturis com que esfola, sem piedade, os desprotegidos cidadãos da classe média”. Não há negar, que essa classe dos intermediários é sempre convidada a fechar o vácuo tributário deixado pelos pobres, que não podem pagar, e os ricos, que podem, mas sabem como não pagar. Não passa sem lembrança o que, a propósito da tragédia da sociedade brasileira, frente ao imposto de renda ”é o próprio símbolo do fisco federal, o rei das feras, aquele que reserva para si mesmo, sem a menor cerimônia, o mais suculento naco da injusta divisão”. O resto da selva que se dane. Certamente também desejaria o mestre que o animal fosse contido, ou, pelo menos, não tão animado nas mordidas. É mais um símbolo para atenção para que contenha mais os costumes centenário, onde a cultura é evidente desde os primórdios tempos que os portugueses aportaram no Brasil. Como ajustar? Não tem jeito mesmo.
Antônio Scarcela Jorge.

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